Pense em telefone. Um aparelho útil, que bem utilizado é uma mão na roda. Agora pense em lista telefônica. O que costumamos ver em listas telefônicas? O nome da pessoa, endereço e o número da pessoa, informações úteis, em que sendo bem utilizado é também uma mão na roda. Agora pegue esses três dados e coloque na Internet.
Vamos repetir: nome, endereço e telefone.
Na Internet.
Para qualquer um acessar.
Pois é, é isso que o FoneLista faz. Basta procurar por, por exemplo, Charles Pilger para saber onde essa criatura estranha mora. Melhor do que isso só se cruzasse com o Google Maps… Ops!
Bem, é de espantar mesmo. Mas o caso é o seguinte: eu sou pessoa por demais comum para me preocupar com esse tipo de coisa, além do que sou um daqueles pés-rapados que se um sequestrador inventar de raptar ele vai ter prejuízo com a hospedagem. Assim eu não sou alvo. Pelo menos eu não me sinto um. O que eu acho estranho é procurar e achar nomes que é de se perguntar se estão publicados em alguma lista telefônica. Nomes como o do Jorge Gerdau Johannpeter, ou da Yeda Crusius, ou do Geraldo Alckmin, ou do Antonio Ermírio de Moraes, ou do Herbert Vianna, ou da Xuxa, ou do… enfim, tem um monte de gente graúda, famosa que está não somente com o seu telefone exposto nessa lista aí, mas também seu endereço. É de se perguntar se esse serviço aí não deveria ter um filtro do tipo “autorizo a exibição do meu endereço”, já que, dependendo da pessoa, essa informação é algo muito, mas muito importante.
Update: você gosta de teoria da conspiração? Então é o seguinte: confirmei com o Carlos Alberto Teixeira, do jornal O Globo, e esse site aí é uma nova edição do site lili.com. Não conhece? Então se senta que lá vem história. Já vi histórias malucas, mas essa ganha…